Quem somos nós? O Que defendemos?

Após rompermos com a LIT-QI e com o PSTU estamos iniciando esta jornada de criação de uma nova organização. Nova no sentido de que não existia, mas baseados em toda a experiência histórica da classe operária. Resumimos em 8 pontos os eixos centrais sobre os quais nos apoiamos:

1.O CAPITALISMO FALHOU

O capitalismo é um sistema onde poucos enriquecem às custas do suor e sofrimento da maioria. Uma sociedade na qual sobram casas e alimentos, mas que bate recordes de pessoas em situação de rua e famintas.

A produção segue a lógica do lucro, da competição, e não das necessidades da população. Aliás, essa mesma lógica tem causado mudanças climáticas cada vez mais graves, ameaçando a nossa própria existência no planeta. É um sistema apodrecido, que precisa ser cortado pela raiz.

2.TODO PODER AOS QUE TUDO PRODUZEM

Nossas cidades foram erguidas com o esforço da classe operária. Cada prédio, remédio, televisão e smartphone teve que passar por um longo processo, desde a extração das matérias primas até sua montagem e distribuição.

Para nós quem deve controlar as fábricas e os serviços na sociedade são aqueles que trabalham nelas. Só assim se poderá organizar o trabalho de acordo com as necessidades das pessoas, dividindo as horas necessárias de trabalho pelas pessoas em condições de trabalhar. O nome dessa forma de organização social é SOCIALISMO.

3.NENHUMA CONFIANÇA NA BURGUESIA E BUROCRACIAS

Os patrões que nos exploram querem nos convencer que temos interesses em comum, que juntos podemos chegar às melhores soluções. Isso não é verdade!

Qualquer luta que travamos deverá ser de forma totalmente independente, a partir das nossas próprias organizações e assembleias, sem um pingo de confiança na burguesia e seus agentes, seja qual for a máscara que estiverem utilizando, mais conservadora, mais progressista etc.

4.ABAIXO O IMPERIALISMO

A injustiça não está só na distribuição de trabalho e riqueza dentro de cada país, mas entre os diferentes países. Nossos governos aceitam se submeter ao imperialismo, cujos países sugam as riquezas daqueles que são inferiores na divisão internacional do trabalho.

Já nós trabalhadores não aceitaremos isso. Do contrário não será possível a verdadeira libertação da humanidade.

5. FRONTEIRAS DE CLASSE, NÃO DE NAÇÃO

Temos visto a resistência do povo palestino e vimos a greve que parou a Itália em solidariedade a eles. Assistimos à resistência ucraniana, às lutas dos jovens no Nepal, no Marrocos, no Equador entre outros.

Diante disso, há uma certeza: temos mais interesses em comum com os explorados de todo o mundo do que com os exploradores de nosso próprio país. Por isso nos organizamos na Corrente Operária Revolucionária Internacional – Quarta Internacional (CORI-QI), porque nosso projeto de sociedade socialista e libertação da humanidade ultrapassa as fronteiras nacionais. Somos internacionalistas.

6. AS OPRESSÕES SÃO FERRAMENTAS PARA A DOMINAÇÃO CAPITALISTA

O capitalismo se utiliza das diferenças de gênero, orientação sexual, raça e nacionalidade para explorar ainda mais uma camada de trabalhadores. Além disso, essa sua política também serve para nos dividir.

A história do Brasil é marcada pela escravidão que persiste na violência policial, genocídio e encarceramento em massa. Combater as opressões é uma questão de princípios. Não pode ser livre aquele que oprime. Além disso, oprimir é um negócio muito lucrativo para a burguesia. O único jeito de derrotá-la é nos unirmos contra toda forma de opressão.

7.ORGANIZAR NOSSA AUTODEFESA

O Estado capitalista possui o monopólio sobre o uso da violência. Eles dizem que as polícias e exércitos estão armados para agir em nome da população de conjunto. O restante de nós deveria permanecer pacífico.

Porém, na verdade, a lei é diferente de acordo com a posição social: os ricos a quebram quando querem, e os pobres são punidos sem direito a julgamento. Precisamos defender nossas próprias comunidades, inclusive nos defender da repressão policial, e isso deve ser feito de forma coletiva e organizada.

8.UM PARTIDO PARA A REVOLUÇÃO SOCIALISTA MUNDIAL

O que defendemos aqui só pode acontecer a partir de uma verdadeira revolução que arranque o poder das mãos dos exploradores. A classe operária é quem faz bater o coração da sociedade capitalista, por isso é ela que deve estar no centro de sua derrubada.

Esse projeto precisa de um Partido, mas diferente de todos os partidos da ordem. Nós precisamos de um Partido que organize em suas fileiras trabalhadores que façam diariamente o trabalho revolucionário, não que funcione com base no calendário eleitoral.

Um partido que seja sério com o estudo da teoria marxista e com a denúncia cotidiana do abuso dos patrões, governos, do imperialismo e polícias.

Um partido que se dedique a conversar todos os dias com nossos companheiros de classe que ainda tem ilusões nesse sistema e que se prepare para os processos revolucionários.

Convidamos todos e todas a conhecer a Voz Operária Socialista!

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